A ministra da Educação de Angola considera que a carência de escolas públicas deixa, anualmente, cerca de um milhão de crianças fora do sistema nacional de ensino. Luísa Grilo, a titular da pasta, reconhece ainda que esta situação se deve à elevada taxa de natalidade e à imigração ilegal.

Elevada natalidade afasta crianças fora da escola

A ministra angolana da Educação, Luísa Grilo, afirma que Angola constrói, todos os anos, mais de 10 novos estabelecimentos escolares, para reduzir o índice de crianças fora do sistema nacional de ensino. Todavia, reconhece que o número ainda não satisfaz as necessidades do sector da educação?

A governante diz que, apesar do surgimento de mais escolas da rede pública, a elevada taxa de natalidade e imigração ilegal são, igualmente, um dos principais motivos que deixa mais novecentas mil de crianças fora do ensino.

“Nós, todos os anos, no mínimo, temos construção de 10 a 15 escolas. Para dizer que temos várias salas de aula a serem construídas pelo território nacional, mas todos os anos nós temos o acesso à 1ª classe mais de 900 alunos. Todos os anos ficam 900 mil alunos, muitas das vezes, um milhão. Portanto, temos aqui um exército que vai ficando e que vai criando alguma dificuldade”, lamentou a ministra da Educação.

Ao discursar na 14ª edição do CaféCIPRA, realizada nesta terça-feira, 14 de Maio, em Luanda, sobre o tema “a formação de capital humano no país e nas melhores universidades do mundo: metas e os resultados, a titular da pasta revelou que a situação é complicada porque, por mais escolas que se constroem, as autoridades não conseguem resolver este flagelo.

Por:Francisco Paulo

Fonte: RFI